E o Rio de Janeiro...

Na costureira

Pois é, eu vou muito à costureira. Não porque eu goste, ou porque eu prefira fazer roupas.
Eu inclusive amo comprar tudo pronto, bem prontinho.
Só que com minha baixa estatura, nunca me escapo de uma bainha.
Normalmente as lojas já resolvem isso, o que é ótimo. Mas, comprei um vestido MA-RA-VI-LHO-SO no Rio e uma calça totalmente style, e não podia deixar na loja lá, né.
Então, depois de quase um mês com os dois no armário, juntei ainda mais duas calças com problema (uma larga que eu comprei em Córdoba) e outra com cintura muito alta, para baixar o cós, e me fui depois do almoço.
Eu já sabia tudo que queria e foi super rápido. Só deixei pra costureira marcar porque ela é a profissional no caso. Enquanto eu experimentava e marcava quatro peças de roupa, uma mulher chatíssima no provador ao lado experimentava e marcava a bainha de uma calça jeans só.
Eu saí uns dez segundos antes do que ela do provador. Mas, quando cheguei no balcão, a dona da casa de costura resolveu atender a chatonilda primeiro, "pois ela só tinha uma peça de roupa."
Daí sim eu vi que a mulher não era somente muito chata, ela era extremamente insuportável.
Levou mais de dez minutos para escolher entre a bainha original (helloooo? Faça sempre a original!!!), a reposta e a comum. E cada vez que parecia que tinha escolhido, voltava a perguntar das outras duas opções.
Tem um importante filósofo do qual o nome eu não lembro (para pagar bastante mico aqui) que disse "ESCOLHER É EXCLUIR." E isso realmente explica toda dificuldade de escolha que temos na vida. O problema não é escolher. O problema é tudo que temos que excluir por causa disso!
Tá, mas voltando. Eu comecei a olhar no relógio, fiquei bem irritada, pedi pra outra moça me atender, mas nada disso adiantou.
A chatonilda insuportável irritante continuou a sua ladainha.
Quando ela botou o pé fora da loja, eu que já não agüentava mais gritei QUE MULHER MAIS INUSPORTÁVEL!!! Quando a dona da loja me pediu milhões de desculpas, e me deu toda a razão. Não adiantou nada, não voltou o tempo, mas ao menos eu vi que sou normal, e que aquela boba sem ter o que fazer é insuportável mesmo.
Pra que se preocupar com uma bainha? Vai se preocupar com o aquecimento global, querida!